domingo, abril 30, 2006








Quase, quase maio...

odeteronchibaltazar

Quase maio e minhas flores
ainda sem brotação.
Quase ali, na porta,
meu desembaraço
permite que te fale:
estou sem ação.
Vem aguar minhas esperanças de flor.
Molha meus escuros,
umedece minha boca,
sedenta de palavras.
Deságua teus temporais
em minhas mãos,
há tanto tempo,
secas de versos sem lavras.
Quase maio,
e eu aqui,
imóvel,
à espera de auroras boreais,
de cigarras e pirilampos.
Quase maio e eu continuo aqui,
como sempre:
fantasia solta,
promessas irreais,
sempre à espera de ti...

odeteronchibaltazar

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